Poetico

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domingo, 11 de outubro de 2009

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Grato
Saudações Libertarias

segunda-feira, 21 de setembro de 2009


As ruas estão sujas,
As ruas são sujas
para todo lado que olho vejo concreto
e sinto apenas um frio, um frio inexplicável mesmo em dias quentes
Minha visão é feita entre as frestas de cada prédio
O sol ilumina minha cara durante a manhã
mas não me aquece.
Não consigo ainda enchergar um futuro
Talvez porque não me deixam enchergar
Não consigo viver outra vida além dessa de vagar pela cidade
andando pelas ruas, procuro algo que não sei explicar
e sei que há lugares vagos para mim
Resido na cidade
Mas a minha residência não tem nº
não tem nome, não tem endereço.
Eu resido no mundo
procurando um leito de concreto, na cidade doença.

D. schizofrenia

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Onde esta o meu lugar ?

Hoje nessa manha cinza,
onde a chuva e a fumaça levam nossos sonhos
tornado-os entulho, madeiras velhas caídas ao chão
Nos choramos, com uma dor no coração
Pois o pouco que tínhamos, hoje se vai,
se esvai em meio a lama
ao nada

Nos que não éramos ninguém
Esquecidos, escondidos
Em baixo das pontes, nas favelas, nos curtiços
E por um instante achamos um lugar, um lar
E lá construímos um sonho de ser , ter .
Hoje nessa manha cinza
esvai em meio a lama
ao nada.

Miolo de Pão

domingo, 5 de julho de 2009

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Cheiro de realidade

Mais um outdoor atravessa na minha frente. Paro assustado, pois a lei da “cidade limpa” não estava surtindo efeitos. Nos meus momentos de devaneio, acabo me lembrando que estou dentro de um espaço público (estação de trem) e que agora as propagandas ganharam novos tamanhos e formatos dentro desses lugares. Será que a sujeira saiu das ruas e invadiu esses outros espaços? Tem até filminhos dentro dos coletivos. Mas não são os filminhos que me chamaram atenção. Estava andando dentro da estação e vi um outdoor de perfume. Já era 23:00 horas e o sono, somado com o cansaço de mais um dia explorado, me irritava. Daí que aconteceu a coisa... 2 meninas por volta dos 9, 10 anos, chegaram perto dessa tal propaganda super perfumada. As mocinhas estavam sozinhas. Elas foram chegando no perfume, chegando, chegando, até que começaram a esfregar suas mãos na tela mágica da propaganda. Por acaso me lembrei de Aladin esfregando a lâmpada mágica. Espantadas, uma olhou para a outra e disse: “Esse daqui não sai cheiro”, e continuaram a andar. Acho que não foi dessa vez que encontraram seus gênios.

sábado, 25 de abril de 2009

Ela cuida de nóis!

Andando por uma "muito nobre" praça de São Paulo, passo por um grupo de moradores daquele celeste local. O cenário estava completo: bêbados, sóbrios, homens, mulheres, travestis, crianças e o que mais sua imaginação enraizada alcançar. O homem que não estava bêbado olhou para o alto e espantado me disse: "moço, olha lá". Olhei para a direção apontada, para cima duma árvore e como era final de tarde, meus olhos queimaram com o raio de sol que passou pelas minhas córneas. Avistei logo atrás daquela confusão proporcionada pelo sol um passarinho. Forcei mais um pouco e pude ver que não era tão "inho" assim. Uma coruja com peito estufado e olhar de magestade cruza na minha mesma direção. Quando parecia que iria ficar gélido naquela posição nada formal entre dominante e dominado, me atenho por um forte grito vindo daquele personagem-morador daquela praça nada muito nobre. "Ei você. Tá vendo ela? Ela cuida de nóis!". Baixei o olhar daquela árvore que mais parecia uma fortaleza onde debaixo da majestade se vivia o verdadeiro circo cotidiano.